| O homem é livre; essa é uma certeza (pelo menos, de vez em quando). A liberdade é a possibilidade de fazer o que se quer, isso evidenciado nas escolhas da vida. As vidas vividas por uma escolha, então, são a prova definitiva dessa liberdade. Esta certeza basta a um pensamento ligeiro, mas, quando se olha ao redor, tudo parece sem escolhas, mesmo os viventes. Tudo parece ter que ser do jeito que é. Necessariamente. E aí a inquietação é inevitável: Será a liberdade só uma ilusão, que resulta da ignorância pessoal de cada um? E se somos diferentes de tudo, por que tamanha especificidade?
A leitura dos textos filosóficos é um desafio que muitos dos que admitem gostar de filosofia não ousam enfrentar. O curso, no sábado de carnaval, propõe uma ousadia inicial: analisar o tema da liberdade, tal como visto dos gregos ao século 20, a partir da leitura direta de pequenos trechos dos textos dos pensadores, contado com o auxílio da didática única do professor Clóvis de Barros Filho. Os textos serão fornecidos pela Casa do Saber, alguns traduzidos pelo próprio professor.
Início: 18 FEV Duração: 3 encontros Dias/horários: Sábados, às 10h (18/02, 18/02, 18/02) Valor: R$ 172,00 na inscrição + 1 parcela de R$ 172,00 Observações: sábado, 18/2, das 10h às 17h |
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18 FEV | 1. Liberdade e a ruptura moderna - das 10h às 12h Textos para leitura: “Uma liberdade a conquistar” (La Boétie, in “Discurso da servidão voluntária”); “Liberdade de indiferença e liberdade esclarecida” (Descartes, in “Carta ao Pai Mesland”); “Graus de liberdade” (Descartes, in “As Meditações”); “Uma forma ilusória de liberdade” (Carta 58) (Espinosa, in “Ao sábio G. H. Schuller”); e “A liberdade como um labirinto” (Leibnz, in “Novos ensaios sobre o entendimento humano”, 2, 21, parag. 8).
18 FEV | 2. Liberdade e a modernidade madura – das 13h às 15h Textos para leitura: “Liberdade pelo direito” (Montesquieu, in “O espírito das leis”, livro 11); “Liberdade e não independência” (Rousseau, in “Carta escrita da montanha”); “Liberdade e vontade” (Rousseau, in “Discurso sobre a origem e o fundamento da desigualdade entre os homens”); “A qualidade do homem” (Rousseau, in “Contrato social”, livro 1, cap. 4º); “Autonomia” (Kant, in “Crítica da razão prática”, parte 1, teorema IC) e “Amadurecer para a liberdade” (Kant, in “A religião nos limites da simples razão”, parte 4).
18 FEV | 3. Liberdade e o pensamento contemporâneo – das 15h às 17h “A liberdade se funda no determinismo” (Engels, in “Anti-Dühring”, cap. 9) e “Prefácio” (Marx, in “O 18 de brumário de Louis Bonaparte”); “Uma nova liberdade” (Nietzsche, in “Gaia Ciência”, livro 5º, parag. 343); “Um ato livre” (Bergson, in “Ensaio sobre os dados imediatos da consciência”, cap. 3º); “Uma responsabilidade alargada” (H. Jonas, in “O princípio da responsabilidade”); “Liberdade de fazer: o filósofo e o político diante da questão da liberdade” (Ricoeur, in “A liberdade e a ordem social”, Encontros Internacionais de Genebra); “Condenados a ser livres” (Sartre, in “O ser e o nada”) e “O homem é responsável pelo que é” (Sartre, in “O existencialismo é um humanismo”)
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Clóvis de Barros Filho. Bacharel em Comunicação Social e Direito, é doutor em Direito Constitucional e em Sociologia do Direito pela Faculté de Droit, d'Economie et des Sciences Sociales (Paris) e doutor em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicação e Artes da USP. É professor livre-docente pela ECA-USP, coordenador do curso de "Ética e Meio Ambiente" do PEC/FGV, consultor de Ética da UNESCO, consultor e conferencista do Espaço Ética. É autor dos livros “Ética na Comunicação” (Ed. Summus), coautor do livro "A vida que vale a pena ser vivida" (Ed. Vozes) entre outros.
http://www.casadosaber.com.br/curso.php?cid=3115 |
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